A SOLIDÃO, O SILÊNCIO, A MEDITAÇÃO.
O agente mediúnico tem de considerar, como fatores constitutivos, evolutivos, de sua vida, a meditação e a reflexão. Não há como fazer exercício mediúnico sem alcançar a consciência crítica da meditação e da reflexão. No mundo contemporâneo o homem vive a intensa interação, desenvolve a linguagem, cria meios de representá-la através de símbolos, sinais permitindo, facilitando a comunicação humana. Assim é que o homem tem de ter paciência , coragem para estudar, pesquisar, fazer consciêmcia crítica do mundo que o cerca, bem como compreender que nunca poderá prescindir da outra pessoa para obter informações, crescer social, cultural, moral, espiritualmente, e, portanto, se desenvolver como pessoa. A solidão, o estar só por algum tempo, é importante para o homem fazer meditação, reflexão e também solidificar as relações com os seus iguais, com a humanidade. É possível que alguns momentos de solidão sensibilizem o ser humano, pela reflexão, a fazer autoconhecimento, identidade com o próximo e com o Creador. O agente mediúnico, quando assume a responsabilidade de estudar e pesquisar a Doutrina dos Espíritas, necessariamente fazem auto-avaliação, autoconhecimento, procurando com energia e muita disposição, cumprir o seu dever dignamente, através da força do conhecimento de si mesmo. O exercitando mediúnico não pode descurar, perder o sentido evolutivo da vida; para tanto, deve se esforçar, fazer equilíbrio, prontidão para alcançar a realidade, o existente, realizando ajustamento de comportamento, procurando acompanhar o mundo em transformação.
A Terra, sua escolaridade social, atravessa um período de mudanças rápidas, aceleradas pelo alcance da massa crítica humana; assim, o homen que se auto conhece pode com tranquilidade procurar, no meio da diversidade da sociedade, idéias que ajudam a fundamentar, fortalecer aquilo em que ele acredita, o que sente e o que conscientemente é.
O agente mediúnico, quando consciente de suas responsabilidades de ensinar e aprender, sabe fazer silêncio, ficar só, até no meio da multidão, sem se desesperar, sem sofrer. O silêncio conduz a meditação, à reflexão, que podem se manifestar onde quer que esteja, desde que exerça o poder da autodisciplina. O médium em exercício consciente da caridade é realizador, sabe sonhar sem mistificar, pensar sem se isolar, enfrentar os problemas do seu tempo sem perder a calma, o equilíbrio, o bom senso.
É importante registrar que o médium nunca se desenvolve plenamente. Cada dia, cada nova experiência, trazem-lhe novas prontidões, portanto é significativo que ele faça constante auto-avaliação para corrigir, quando necessário, a sua direção, as suas idéias, as suas intenções. O agente mediúnico tem de fazer reflexão sobre esta afirmação:"cada homem tornar-se o que é". Portanto não é o simples exercício mediúnico que o torna bom, cariativo, mas aprendizado que transforma o ser humano, de dentro para fora.
O agente mediúnico agencia o social, devendo saber ensinar de um modo especial e respeitoso as atividades do cotidiano. O exercício da mediunidade é sempre fonte de fruição de amor, verdade, afeição, fé no Creador, esperança, confiança, trabalho, alegria, felicidade, paz. O agente mediúnico tem de fazer conscientização acerca de que no cotidiano, nas experiências diversas, está se preparando para ser instrumento, agente da educação, da paz e da evolução espiritual. O agente mediúnico serve ao próximo, à humanidade, com simpliciadade, humildade, caridade, entusiasmo e profunda serenidade.
Trecho extraído do livro "O médium e o exercício mediúnico.", pelo Espírito Leocádio José Correia psicografado por Maury Rodrigues da Cruz.
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