domingo, 16 de janeiro de 2011

O médium e o exercício mediúnico - Trecho de livro... VI

Mediunidade, Prece e Meditação.

O agente mediúnico não pode descurar nunca do exercício da oração, da vigiliatura, nem tampouco deixar de cuidar das ideias, selecionando-as para manter o bom pensamento, o equilíbrio do corpo e do espírito.
No exercício da atividade mediúnica as aspirações, os desejos, devem ser altruístas permitindo a integração com a vida, a administração digna dos problemas do cotidiano. O comportamento do médium, como o de qualquer outra pessoa, revela a capacidade, o alcance, de construir, realizar, levantar objetivos e fazer o melhor possível. O exercício da mediunidade não é isolado, nem miraculoso - portanto, o exercitando tem o dever de manter o pensamento em equilíbrio, procurando sempre fazer valer, materializar, realizar, os ideais superiores.
O agente mediúnico tem que aprender a superar as crises existenciais sem perder o equilíbrio. Agenciando o bem, o médium estará fazendo autoconhecimento, conscientizando-se de suas responsabilidades, fortalecendo o seu caráter, portanto aprendendo na caminhada evolutiva terrena. Se houver firmeza moral por parte do agente mediúnico, ele, com maior destreza e plena coragem vai a luta, sempre respeitando o próximo, vencendo desafios, espiritualizando-se.
O exercício da mediunidade, quando orientado pela ciência, filosofia e religião espíritas, fortalece a autoconfiança, auxilia na conquista pessoal, revela a vida, as suas alegrias, as forças alentadoras, fazendo com que o médium viva, criticamente, sem desânimo, o processo de fé no Creador.
Quando o agente mediúnico, pelo exercício da prece, da meditação, da reflexão, do estudo, da pesquisa, do comportamento ilibado, consegue alcançar a sintonia com os bons espíritos - portanto, com o polissistema espiritual -, então é capaz de fazer doação ao próximo, no máximo do seu poder, por exemplo, no passe, no aconselhamento, fazendo transmutação de energia, sendo o amor, o estímulo ao trabalho, a caridade e a fé viva no Creador. O agente mediúnico consciente, responsável, evangelizado, consegue superar, vencer, a discórdia, o medo, a desilusão, a morte, a maledicência, as ameaças do mal, ou seja, todos os agentes negativos que sempre querem se interpor, impedindo a paz, a felicidade.
O médium não deve desconhecer que a caridade significa identidade com o próximo, portanto é fonte inesgotável de experiências, de aprendizado que lhe permite perceber que seu equilíbrio psico-bio-físico-espiritual é resultado da integração da luz da inteligência com a luz da fé em Deus. O médium, no trânsito missionário mediúnico, tem de fazer esforços, concentrar-se, meditar, fazer reflexões, pesquisar, aprender e sistematizar em sua vida o alcance possível que conseguir. O agente mediúnico não deve esquecer de fazer internalizações, interiorizações, alcançar o mais profundo do seu ser para compreender o significado da sua existência. O médium não poderá dogmatizar o trabalho mediúnico, nem pensar que a sua convicção não lhe possibilita aprender novos conceitos, novos caminhos. A blindagem que alguns fazem em volta de si não lhes permite o desenvolvimento da faculdade da felicidade, por isso manifestam sempre medo, angústia, sofrimento e desilusão.
O exercício mediúnico é permanente transformação, produzindo no médium profundas alterações no próprio "eu". O processo mediúnico representa permanente construção, formação crítica da consciência.

Trecho extraído do livro "O médium e o exercício mediúnico.", pelo Espírito Leocádio José Correia psicografado por Maury Rodrigues da Cruz.

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