terça-feira, 27 de julho de 2010

Perfeição Moral - XVI

Paixões - 2 de 6.

Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?

- As paixões são semelhantes a um cavalo, que é útil quando é dominado e perigoso quando domina. Reconhecei que uma paixão torna-se perigosa no momento em que deixais de governá-la e resultar qualquer prejuízo para vós ou para os outros.

As paixões são como alavancas que aumentam dez vezes mais as forças do homem e o ajudam na realização dos objetivos da Providência; mas se ao invés de dirigi-las o homem se deixa dirigir por elas, cai no excesso e até mesmo a força que em sua mão poderia fazer o bem volta-se sobre ele e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento ou necessidade natural. O princípio das paixões não é, portanto, um mal, uma vez que repousa sobre uma das condições providenciais de nossa existência. A paixão, propriamente dita, conforme habitualmente se entende, é o exagero de uuma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa; e esse excesso torna-se mau quando tem por consequência um mal qualquer.

Toda paixão que aproxima a pessoa da natureza primitiva a afasta de sua natureza espiritual.

Todo sentimento que eleva a pessoa acima da natureza primitiva revela a predominância do Espírito sobre a matéria e a aproxima da perfeição.



Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, capítulo 12 - Perfeição Moral, pergunta 908.

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